OBRAS
VIDEOARTE
EMARANHADOS PSIQUICOS
O conceito de ego, superego e id na teoria psicanalítica de Sigmund Freud, representando diferentes aspectos da psique humana é central para entendermos a videoarte.
O id é a parte mais primitiva e instintiva da mente, buscando a satisfação imediata dos desejos e impulsos. É guiado pelo princípio do prazer, buscando gratificação sem levar em consideração normas sociais ou consequências. O ego é a parte da mente quelida com a realidade e busca equilibrar as demandas do id com as restrições da realidade. Age conforme o princípio da realidade, considerando as consequências e adaptando-se às normas sociais para satisfazer os desejos do id de maneira aceitável. O superego representa a internalização das normas sociais, valores e moral. Ele atua como uma espécie de "juiz interno", avaliando as ações do ego à luz de padrões éticos e morais. O superego se desenvolve ao longo do tempo, influenciado pela educação, sociedade e experiências. Essas três instâncias interagem dinamicamente, formando a estrutura psíquica. O equilíbrio entre o id, ego e superego é essencial para um funcionamento psicológico saudável. Conflitos entre essas partes podem levar a diferentes formas de comportamento e, muitas vezes, são explorados em terapia psicanalítica para promover o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal.
ALEGORIA
a medica interior e a monstra do desejo
FEMMINA navega por conflitos internos relacionados à sua identidade de gênero. Imagine sua mente como um cenário intrigante e complexo, onde reside uma médica e uma monstra. A médica representa a parte racional, controlada e ética de FEMMINA, enquanto a monstra personifica os desejos, impulsos e instintos mais primitivos. Conforme FEMMINA explora sua identidade travesti, a médica e a monstra começam a confrontar-se em sua mente. Essa embate interno se intensifica à medida que FEMMINA se envolve em atividades que a conectam mais profundamente com sua verdadeira identidade.
Assim como uma médica que opera uma paciente, a médica interior deve realizar procedimentos delicados na própria psique. Ela é o guardiã da moral, da ética e do autodomínio. Sua tarefa é equilibrar os desejos e impulsos da monstra interior para manter a harmonia. No entanto, a monstra dos desejos é voraz e insaciável. Ela clama por gratificação imediata, muitas vezes ignorando as consequências a longo prazo. Como um paciente que exige cirurgias excessivas, a monstra pressiona a médica a ceder aos impulsos sem pensar nas implicações. A luta entre a médica e a monstra é constante. É um exercício de autorreflexão, autodomínio e autoconhecimento. A médica deve operar os próprios desejos com precisão, considerando cuidadosamente as ações e escolhas a serem feitas. Ela precisa encontrar um equilíbrio entre o atendimento das necessidadeslegítimas e o controle dos impulsos destrutivos. Essa analogia nos lembra que todos enfrentamos uma batalha interna entre nossa natureza racional e nossos desejos mais profundos. Encontrar o equilíbrio e operar em si mesma é um exercício de autocontrole, ética e auto descoberta que pode levar a uma vida mais equilibrada e satisfatória
A jornada de autodescoberta culmina em FEMMINA reivindicando sua identidade travesti com orgulho, integrando harmoniosamente as duas facetas de sua persona.